sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Ai

Sabe quando alguém fala algo que dói, psicológica e gramaticalmente?! Pois é, eu sou extremamente sensível a este tipo de tortura.

Aí nestas noites sem fim de insônias eu achei o brog do George Mendes falando disso, justamente, que leva o nome de tautologia.

Vou "republicar" o que ele já falou tão bem e eu assino embaixo.

"Tautologia: É o termo usado para definir um dos vícios de linguagem. Consiste na repetição de uma idéia, de maneira viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido. O exemplo clássico é o famoso ‘subir para cima’ ou o ‘descer para baixo’. Mas há outros, como você pode ver na lista a seguir:
* elo de ligação
* acabamento final
* certeza absoluta
* quantia exata
* nos dias 8, 9 e 10, inclusive
* juntamente com
* expressamente proibido
* em duas metades iguais
* sintomas indicativos
* há anos atrás
ou anos atrás
* vereador da cidade
* outra alternativa
* detalhes minuciosos
* a razão é porque
* anexo junto à carta
* de sua livre escolha
* superávit positivo
* todos foram unânimes
* conviver junto
* fato real
* encarar de frente
* multidão de pessoas
* amanhecer o dia
* criação nova
* retornar/repetir de novo
* empréstimo temporário
* surpresa inesperada
* escolha opcional
* planejar antecipadamente
* abertura inaugural
* continua a permanecer
* a última versão definitiva
ou a última versão definitiva
* possivelmente poderá ocorrer
* comparecer em pessoa
* gritar bem alto
* propriedade característica
* demasiadamente excessivo
* a seu critério pessoal
* exceder em muito.
Note que todas essas repetições são dispensáveis. Por exemplo, ’surpresa inesperada’. Existe alguma surpresa esperada? É óbvio que não."
Há outras coisinhas que eu não consigo me segurar em corrigir:
* se pôr: Não né?! É "se puser". Assim como não se diz "Se querer, fazer, poder...", mas sim "Se quiser, fizer, puder...". Para não errar nunca mais lembre 'deles': "Eles puseram, quiseram, fizeram, puderam" etc. Não tem erro.
* pra mim comer: 'Mim' não faz nada. Tanto que não se diz "Mim fiz" mas o óbvio e fácil "Eu fiz". Portanto na frente de verbo/ação, só 'eu'.
Chatices de universitária de Letras? Acho que não, até porque falar certo se consegue com o mínimo de atenção e nada de preguiça em se corrigir, porque temos uma língua tão, mas tão bonita, que merece todo o respeito possível.

5 comentários:

Raquel El-Bachá disse...

Oi Carol. Eu também não suporto erros de português. Ouvir ou ler qualquer erro absurdo de português doí.
Tenho mania de corrigir também e sem medo de parecer chata.
Boa parte da minha profissão é escrever e corrijo sempre os erros dos estagiários, mas tem sempre aqueles que tem preguiça em se corrigir e não aprendem por nada. Hoje eu coloco a culpa no grande número de faculdades que não selecionam seus alunos, onde vestibular é uma mera formalidade.
E olha que eu não faço Letras, embora tivesse vontade.
Beijos.

Natália disse...

Eu assino embaixo, do lado, do outra lado.
Detesto erros de português e mesmo quando me falta a intimidade pra corrigir o homicida gramatical em voz alta, eu o faço na minha cabecinha neurótica mesmo.

Às vezes a mania de português até me incomoda, sabia?
Mããs, melhor falar excessivamente correto do que errado,né não?

=**

Unknown disse...

Carol... eu tb não gosto disso não.
Palavra escrita ou falada de forma inadequada me salta aous olhos e machuca os ouvidos.
Claro que cometo erros... Afinal, não sou a Dona Pasquale.
Mas tem uns que vejo que são gritantes.
Uma coisa que simplesmente não tolero é, por exemplo:
Emrolado.
Isso se aprende na 2a série. Quem escreve assim, prá mim, precisa urgentemente voltar para a escola.
E por incrível que pareça: vi isso escrito num banner profissional.
Isso doeu.

Unknown disse...

aous olhos acima foi de digitação, não de português...
hehehehe!

Anónimo disse...

Adorei a postagem. Eu uso muitas dessas aliterações...risos...mas agora tentarei ficar atento.