Difícil encontrar uma comédia-light-romântica que preste. Tanto que a única que presta de verdade nesta seleção, nem é tão romântica assim, nem tão comédia.
De repente, 30 (13 going to 30) – Gary Winick, 2004: Eu fico cá pensando: por que cargas d’água insistem em fazer versões extra-oficiais femininas de grandes-pequenos filmes que povoam nossa memória de boas lembranças? Foi assim com “O sorriso de Mona Lisa” com Julia Roberts jurando ser Robin Williams depilado, numa cópia insana de “A sociedade dos poetas mortos”; agora Jennifer Garner querendo chegar ao pés de Tom Hanks (Tom Hanks, minha gente!) em “Quero ser grande”! O mundo vai acabar. Posto que o filme se baseia no estabano de Jenna quando se descobre mulher (quedas, coisas que caem de sua mão sem querer...) até que de repente – mesmo! – ela adquire uma personalidade adulta (e enfadonha, diga-se de passagem), que nós do lado de cá da tela tivemos de sofrer uma adolescência inteira para adquirir. Se acham que exagero, confiram de novo “Big” com Hanks, e vocês perceberão que o garoto apesar de ser obrigado a se adaptar à vida adulta, mantém o espírito infantil que, lógico, não pode crescer tão de repente quando o corpo; além do que com este espírito consegue um emprego, na inesquecível cena do piano gigante. Bom mesmo, como Katita já falou, só Mark Ruffalo que merece ser o sonho de consumo de toda mãe para genro. E a cena da dança de “Thriller” ficou boa mesmo, mas seria no mínimo razoável se o/s roteirista/s se dispusesse/m a pelo menos citar os escândalos que assombraram a vida de Michael Jackson desde que Jenna se trancou no armário.
Muito bem acompanhada (The wedding date) – Claire Kilner, 2005: Adoro Debra Messing. De verdade. Não só por “Will & Grace”. Vejo nela uma nova – mas nem tanto – Lucille Ball não só por ser/estar ruiva sempre mas por todas as expressões que ela consegue só no rosto, que dirá quando resolve dar tudo de si. Mas aqui, amigos, hei de dizer que tanto faz ela ou Meg Ryan – a rainha das comedinhas – o filme pertence a Dermont Mulroney. A gente sabe como vai terminar, o que vai acontecer no decorrer do filme, se pergunta porque Kat (Messing) perdeu tão rápido o lindo sotaque inglês, mas seguimos até o final só por causa dele. Basta ele dar uma olhada por cima do drinque que beberica para que metade do elenco feminino faça fila e pegue senha. Eu também faria, minha nossa senhora dos gigolôs do cinema! Destaco a cena que ela encara a nudez do dito pela primeira vez, e a seqüência na qual ele tem de dar uma explicação incisiva para ela porque ele faz o que faz e ela termina dizendo – sem que ele mal encoste nela, irmãs!: “Meu Deus! Você vale cada centavo!”.
Em seu lugar (In her shoes) – Curtis Hanson, 2005: É o tipo de filme com público bem determinado: para mulheres, de preferência as que têm irmã/s. Porque há sutilezas de sentimentos entre as personagens de Cameron Diaz – incrivelmente bem, mesmo não saindo de seu estereótipo ever de ‘gostosa-quase-burra-mas-tenho-conserto’ – e Toni Collete – melancólica e séria como sempre, mas também perfeita no papel –: não é impossível odiar uma pessoa que você ama tanto, seja por usar seus sapatos emprestados seja por atravancar sua vida. Maggie (Diaz) é a típica moça-não-tão-moça acomodada ao extremo, que se recusa a crescer e sempre joga a culpa de todos os fracassos da sua vida nos outros. Rose (Collete) é quem assume os tais fracassos quase que na inércia, desde que elas perderam mãe ainda muito crianças. Os diálogos das duas emocionam sempre, seja para o riso seja para o choro. Shirley McLaine, uma lady, dá o toque de amargura terna à realidade até então descompromissada e fútil de Maggie e devolve um amor familiar que Rose não sentia desde a infância. Claro, os idosos todos dão um show a parte, com destaque para o professor cego que cativa Maggie. A cena final é para chorar tamanho amor que emana das irmãs. Sem contar, claro, que todos os sapatos que aparecem são de babar (e o vestido que Rose usa no reencontro com o noivo e o de noiva). Antes que perguntem: ainda não li o livro, mas preciso urgente.
De repente, 30 (13 going to 30) – Gary Winick, 2004: Eu fico cá pensando: por que cargas d’água insistem em fazer versões extra-oficiais femininas de grandes-pequenos filmes que povoam nossa memória de boas lembranças? Foi assim com “O sorriso de Mona Lisa” com Julia Roberts jurando ser Robin Williams depilado, numa cópia insana de “A sociedade dos poetas mortos”; agora Jennifer Garner querendo chegar ao pés de Tom Hanks (Tom Hanks, minha gente!) em “Quero ser grande”! O mundo vai acabar. Posto que o filme se baseia no estabano de Jenna quando se descobre mulher (quedas, coisas que caem de sua mão sem querer...) até que de repente – mesmo! – ela adquire uma personalidade adulta (e enfadonha, diga-se de passagem), que nós do lado de cá da tela tivemos de sofrer uma adolescência inteira para adquirir. Se acham que exagero, confiram de novo “Big” com Hanks, e vocês perceberão que o garoto apesar de ser obrigado a se adaptar à vida adulta, mantém o espírito infantil que, lógico, não pode crescer tão de repente quando o corpo; além do que com este espírito consegue um emprego, na inesquecível cena do piano gigante. Bom mesmo, como Katita já falou, só Mark Ruffalo que merece ser o sonho de consumo de toda mãe para genro. E a cena da dança de “Thriller” ficou boa mesmo, mas seria no mínimo razoável se o/s roteirista/s se dispusesse/m a pelo menos citar os escândalos que assombraram a vida de Michael Jackson desde que Jenna se trancou no armário.
Muito bem acompanhada (The wedding date) – Claire Kilner, 2005: Adoro Debra Messing. De verdade. Não só por “Will & Grace”. Vejo nela uma nova – mas nem tanto – Lucille Ball não só por ser/estar ruiva sempre mas por todas as expressões que ela consegue só no rosto, que dirá quando resolve dar tudo de si. Mas aqui, amigos, hei de dizer que tanto faz ela ou Meg Ryan – a rainha das comedinhas – o filme pertence a Dermont Mulroney. A gente sabe como vai terminar, o que vai acontecer no decorrer do filme, se pergunta porque Kat (Messing) perdeu tão rápido o lindo sotaque inglês, mas seguimos até o final só por causa dele. Basta ele dar uma olhada por cima do drinque que beberica para que metade do elenco feminino faça fila e pegue senha. Eu também faria, minha nossa senhora dos gigolôs do cinema! Destaco a cena que ela encara a nudez do dito pela primeira vez, e a seqüência na qual ele tem de dar uma explicação incisiva para ela porque ele faz o que faz e ela termina dizendo – sem que ele mal encoste nela, irmãs!: “Meu Deus! Você vale cada centavo!”.
Em seu lugar (In her shoes) – Curtis Hanson, 2005: É o tipo de filme com público bem determinado: para mulheres, de preferência as que têm irmã/s. Porque há sutilezas de sentimentos entre as personagens de Cameron Diaz – incrivelmente bem, mesmo não saindo de seu estereótipo ever de ‘gostosa-quase-burra-mas-tenho-conserto’ – e Toni Collete – melancólica e séria como sempre, mas também perfeita no papel –: não é impossível odiar uma pessoa que você ama tanto, seja por usar seus sapatos emprestados seja por atravancar sua vida. Maggie (Diaz) é a típica moça-não-tão-moça acomodada ao extremo, que se recusa a crescer e sempre joga a culpa de todos os fracassos da sua vida nos outros. Rose (Collete) é quem assume os tais fracassos quase que na inércia, desde que elas perderam mãe ainda muito crianças. Os diálogos das duas emocionam sempre, seja para o riso seja para o choro. Shirley McLaine, uma lady, dá o toque de amargura terna à realidade até então descompromissada e fútil de Maggie e devolve um amor familiar que Rose não sentia desde a infância. Claro, os idosos todos dão um show a parte, com destaque para o professor cego que cativa Maggie. A cena final é para chorar tamanho amor que emana das irmãs. Sem contar, claro, que todos os sapatos que aparecem são de babar (e o vestido que Rose usa no reencontro com o noivo e o de noiva). Antes que perguntem: ainda não li o livro, mas preciso urgente.
4 comentários:
Puxa Carol, essa sua lista me deixou a certeza que minha vida de cinéfila anda muito parada, anotei vários para locar no próximo fim de semana. Ah...a quem interessar possa, estou de volta!
Beijos
gostei mais do "em seu lugar", é o tipo de filme que me atrai.
adorei as dicas, beijos
Eu achei "de repente 30" engraçadinho... totalmente esquecível, claro... Os outros, eu ainda não vi, mas acho que vou querer ver "in her shoes" esse fds.
Bjks Caroleta!
Carolita, já estava com vontade de assistir ao último filme com minha irmã. Agora, sabendo dos sapatos e dos figurinos, a vontade aumentou.
Gostei do De Repénte 30. Na hora não associei ao Quero Ser Grande. Rolei de rir na cena do Michael Jackson. Mas o mocinho... é tuuuuuudo. vale o filme. poderia ser uma bela m* que ele ainda valeria o filme!!!!
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