... mas que me surpreederam (e muito!)
Sou chata para filme. Até demais, eu diria. Então sempre tem aquele filme que na locadora te olha, ooolha, mas você nem dá bola. E num dia que parece que a cidade inteira resolveu locar todos os lançamentos da semana no exato momento antes de você chegar à locadora, você acaba locando aquele filme desprezado tantas vezes. E às vezes, ele é uma grata surpresa.
Xeque-mate (Lucky number Slevin), 2006, de Paul McGuigan: Esse é de quando eu e meu namorado entrávamos na locadora e falávamos (brincando, eu
xuro! Como poderíamos imaginar que se tornaria verdade?!) que a Madonna estava fazendo muito mal ao
Guy Ritchie, que desde que se casou com ela não tinha feito nada do calibre de "
Snatch", só
pucarias. Que os dois deveriam se separar para ele voltar a criar bons e divertidos filmes. aí vimos o trailer deste
"Xeque-mate" e achamos que tinha uma
vibe Guy Ritchie. Tem, mas não tem. É bem diferente dos filmes do Guy mas ao mesmo tempo tem aquele lance de mil e uma histórias que se convergem em uma só. E tem gangues e máfias no meio disso tud
a. Roteiro muito bem amarrado, diálogos divertidos e por vezes emocionantes e um elenco que dificilmente poderia dar errado: Sir Ben Kingsley faz ótemas cenas com Morgan Freeman e Bruce Willis prova que comédia é mesmo o seu forte. Josh Hartnet diverte as moçoila
s e
a vesga Lucy Liu os moçoilos.
Chumbo-grosso (Hot Fuzz) 2007, de Edgar Wright: Vi a crítica deste filme na "
SET". Crítica nota 10. E olha que a revista tem críticos muito... críticos. Em 6 anos que leio a revista, vi no máximo 5 notas 10. Encafifei, c
raro, porque a sinopse não tinha nada de tão extraordinário assim: um policial londrino, tão competente e eficiente que seus superiores o invejam e acabam tranferindo-o para uma cidadezinha do interior, onde nada acontece e ele não mais poderá sertão eficiente e competente. Só que chegando lá ele se depara com crimes esdrúxulos e uma polícia interiorana... devagar. Mas é justamente no quão simplório o roteiro poderia ser que reside a diversão do filme. primeiro que o filme foi co-escrito e protagonizado por Simon Pegg, um comediante inglês que legitimamente merece herdar o legado Monty Pithon: faz comédia pela comédia, mesmo que a princípio pareça ridícula, no final a risada é inevitável. E Nick Frost, um ator que timidamente vem conquistando plateias. Ele é o Kevin james da Inglaterra: no filme ele não é protagonista, mas rouba todas as cenas em que aparece. A montagem do filme já merece aplausos, porque geralmente comédias são descuidadas neste quesito, mas aqui a montagem é parte essencial da comédia. Os personagens são os mais divertido que há (reparem na cena da conversa com o fazendeiro chucro; ro-lei de rir!). Virei fã de Simon Pegg, quero ver todos os filmes que ele fizer e os que já fez. Botem reparo nas participações relâmpago de Cate Blanchett e Peter Jackson (sim, o diretor de "O Senhor dos Anéis").
O roqueiro (The rocker), 2008, de Peter Cattaneo: Rainn Wilson divide o sucesso da série "
The office", versão amercicana, com Steve Carell não é à toa. O cara nasceu cômico. O que tipo de comédia que ele faz é genética, não se aprende nem se ensina. E em alguns momentos do filme ele demonstra que pode vir a ser um bastante bom ator dramático. São sutilezas, sabe? Enfim. Neste ele faz o baterista rejeitado de uma banda dos anos 80, que, após sua saída, a banda virou o maior sucesso de todos os tempos. (A sequência inicial que mostra como ele enfurece ao ser dispensado da banda já é hilária!) Frustrado e amargurado, ele passa 20 anos tentando esquecer isso, mas não consegue. Até que por obra do destino (!) ele é chamado para substituir o baterista da banda do sobrinho no baile do colégio e apesar do vexame, consegue convencê-los a continuar a tocar juntos.
Niqui um certo vídeo deles cai no Iutubíu e eles viram o viral do momento. Daí pra frente é uma loucurada atrás da outra: ele como o quarentão alucinado que não quer crescer acompanhando uma banda de adolescentes em crescente sucesso, mas bastante comportados e caretas (muito engraçada a cena que ele fla que os adolescentes de hoje só sabem se divertir com um "Playbox"
:D). O elenco juvenil é bastante competente (com destaque para o sobrinho do cara, que é o mini-Jack Black; ele interpretou 2 ou 3 filmes em que fazia os personagens de Jack versão criança). O que podia ser um outro (péssimo) "American Pie" se mostra um filme divertidíssimo e modesto pro tanto que é bem escrito e dirigido. Tipo do filme que vou assistir um montão de vezes ainda.
5 comentários:
Apesar de achar alguns filmes POLICIAIS muito bacanas, não gosto das COMÉDIAS feitas pelos norte-americanos. Prefiro filmes de ROMANCE, AÇÃO, FICÇÃO, SUSPENSE, TERROR e os EUROPEUS. Tenho uma coletâneas de DVD's e todas as comédias norte-americanas, exceto com Whoopi Goldemberg, estão de fora.
¿Beijos!
"Xeque-mate" não é comédia, "Chumbo grosso" não é americano e "O roqueiro" é mesmo muito bacana, mas gosto é gosto né.
Caroleta, eu definitivamente passaria longe dos tres filmes... mas sendo vc quem vc é prá filmes, eu vou procurá-los na locadora, tá?
Bjks e obrigada pelas dicas.
Má
Carol, confesso que também não assitiria nenhum desses três aí, porque não é o tipo de filme que eu gosto.
Mas como você mesma disse,que não dava um tostão furado e se surpreendeu, vale a pena conferir.
Olhando os três na locadora, certeza que eu pegava O Roqueiro de cara, mas os outros eu não pegava não. Agora com indicação dizendo que é bom, aí é outra história...
Valeu as dicas. Gostei das mini-resenhas.
Beijos
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