domingo, 3 de dezembro de 2006

EU JÁ...


Eu já me apaixonei por quem não gostava de mim.
Eu já passei um período da minha vida achando o máximo me vestir sempre de preto.
Eu já sonhei em ser arqueóloga e conhecer o Egito.
Eu já fui apaixonada pelo New Kids On The Block e chorava ao vê-los na TV.
Eu já gostei de jogar vôlei na frente da casa, com rede de fio de lã, presa entre as grades dos muros das casas (é, eu já gostei de esporte!).
Eu já subi o Morro da Glória, em Laguna, a pé, com meu tio, desbravando uma trilha pelo meio do mato, por mais de uma vez (é, eu já gostei de aventura!).
Eu já andei em brinquedos que achava radicais, que me deixavam de ponta-cabeça e giravam muito rápido (era, acho que gostava de aventura, mesmo...).
Eu já pulei uma série, e sempre era a mais nova e mais baixinha da turma.
Eu já senti uma certeza imensa, dentro do peito, de que alguma coisa aconteceria. Em algumas vezes isso foi bom. Em outras, foi sofrido.
Eu já falei coisas que quando um anjo ouviu do céu, deve ter dito amém, porque elas aconteceram. E algumas não foram felizes, mas outras foram muito boas (é, eu realmente namorei o meu marido, quando como disse ao vê-lo pela primeira vez!).
Eu já escrevi em código na agenda, e ainda utilizo o código que criei quando preciso lembrar de algo que não interessa a mais ninguém.
Eu já tomei tanto sol sem protetor que não conseguia nem me sentar ou andar (e não desejo fazê-lo nunca mais).
Eu já fiquei um dia “na mão”, num lugar que não tinha opção do que comer e acabei provando uma comida que sentia nojo só de olhar (marisco), e gostei.
Eu já escrevi uma lista de nomes esquisitos que gostaria de colocar nos filhos que eu tivesse, sendo que a maior parte deles eu até me arrependo de ter pensado em colocar numa criança.
Eu já senti dor tão intensa a ponto de sentir faltar as pernas e parar no chão, mas também já tive alegria tão intensa a ponto de me sentir difusa com o universo numa vibração de serenidade e satisfação.

6 comentários:

Carol Maria disse...

Todos temos muitos "eu já", que nos diferem dos outros ou nos aproximam. Muito bacana o último, Aninha. :*cas

Anónimo disse...

Nossa... tanta coisa né!!!
Mas muitas delas ainda acontencem né... ou seja, pensa bem no nome do/a meu afilhadinho/a.
:)
Beijos

Valhalla disse...

Oi Aninha!

Sou sim, um leitor novíssimo em folha (e escritor também!) - risos.

Adorei o post, é uma comprovação de que vivemos. ;)

Boa semana e obrigado pela visita no meu Blog! ;)

Marcia disse...

Oi Aninha, puxa quantas coisas!
Pense bem no nome do filhote, afinal ele/a vai carregar para o resto da vida!
Eu tb já tive um código para escrever o que outras pessoas não podem saber... tinha me esquecido rsrsrss

Bjks

Fernanda disse...

Ai que lindo, Aninha!

Pelo visto vc vive intensamente!

Isso é muito bom !

Parabéns por ser assim, tão intensa em cada momento da sua vida!

Aproveite todos, eles são únicos!

Beijos,

Fernanda

Anónimo disse...

Eu nunca pulei de série...e sempre fui o mais baixinho da turma. Porque será?rs.