Magnólia, de Paul Thomas Anderson, 1999: Primeiro: tem Philip Seymour Hoffman. Gosto dele desde de "Twister", e não consigo não gostar do trabalho do cara. Depois, o filme é de uma sensibilidade cruel, mal comparando, é como "Crash", fala sobre a realidade (mesmo que a chuva de sapos seja inacreditável, acontece mesmo, sabiam?!) de maneira crua, sem retoques. Quem me conhece sabe o que quanto eu tenho pavor do Tom Cruise: acho que é um ator raso e sem diferença de papéis. Mas aqui, na cena que o cara está ao lado do pai moribundo, tenho de tirar o chapéu, ficou bonito, cena tocante. Mas todo o resto do filme compensa mais.
Fale com ela (Hable con ella), Pedro Almodóvar, 2003: Almodóvar não precisa de muito para me emocionar, seja para o riso seja para o choro. Mas este filme, 'taqueopariu! Só de lembrar a cena de Rosario Flores toreando ao som de Elis Regina... putz. E a amizade dos caras (o primeiro filme de Pedro com temática masculina, todos os anteriores são essencialmente femininos - e não feministas) que têm suas amadas em coma no mesmo hospital, e como eles se compreendem, e como um deles perdoa o outro por uma barbaridade cometida e faz o impossível para salvá-lo... ah, maravilhoso.
À espera de um milagre (The Green mile), Frank Darabont, 1999: Tom Hanks é outro também que eu já gosto de graça. No papel do policial humano mas endurecido pela realidade cruel que vê no corredor da morte onde trabalha, ele está fantástico. Poderia citar aqui papéis bem mais dramáticos de Hanks ("Forrest Gump", "Filadélfia"), mas quando ele faz caras extremamente comuns ("Náufrago", "O terminal") ele fica perfeito, praticamente o cara que esbarra com você na rua. Aplausos também para o ator que faz Tom velhinho.
Mar adentro, Alejandro Amenábar, 2004: Baldes. Litros. Fico dias imprestável de tanto chorar depois de ver este filme. Soberbo. De longe, um dos melhores da minha vida. Lembro-me que na época que assisti o filme pela primeira vez, ainda em Madri, comentei com amigos a respeito, com as lindas aqui do 7x7 inclusive. Gerei uma onda de "Putz! Chorei feito um bebê!", que vocês não imaginam. Toca fundo no coração da gente, uma coisa. A cena do pai do cara, sozinho no quarto, ao lado da cama vazia...
Menina de ouro (Million dollar baby), Clint Eastwood, 2004: Seguindo a mesma temática do filme acima, este chega até ser divertido em certos pontos, como nas rabugices entre os personagens de Clint e Morgan Freeman e na convivência 'forçosa' de Clint e Hillary Swank.
Na última meia hora, quando ela resolve morrer, chorei de soluçar. Quando ele resolve ajudar, e conta pra ela o que significa a expressão em irlandês, minha gente!, não havia santo na Terra que me acalmasse! Rasguei-me de tanto chorar.
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