Todo mundo que "me" lê há um certo tempo sabe que sou uma pessoa irritável: cri-cri, implicante, detalhista das menores e piores coisas (como por exemplo, pessoas que mascam chiclete de boca aberta, botas de cano longo por cima das calças e Raul Seixas, pra citar 3 fatores aleatórios que podem provocar minha irritação).
Mas há 2 outros fatores que vêm me cutucando as idéias e fui relevando. Curiosamente não são atitudes, nem moda esquisita, nem música ruim que não gosto. São expressões usadas ou erroneamente ou propositalmente erradas para dar a entender opiniões equivocadas, cretinas, hipócritas escondidas em palavras até bonitas. Só que agora encheu.
"Certeza absoluta". Oras, cacetes voadores. Se não é absoluta não é certeza. Certeza que não seja absoluta é dúvida.
"Muito sincero/a". Sinceridade não se mede. Ou se é ou não se é sincero/a, ponto.
Pronto, era isso que eu tinha pra falar hoje.
...
Lembrei. Ia apertar o botão de "Publicar Postagem" do Brogger quando lembrei de algo engraçado, sincero e justamente o que eu falaria se oportunidade tivesse (mas não é que tenho aqui no brog?).
Boris Casoy (um dos grandes responsáveis por esta que vos fala um dia ter querido ser jornalista; vejo o hômi nos tele-jornais desde que eu era crioncinha e ele já era totalmente grisalho), no jornal da noite, na Band, depois de noticiar que as raparigas fujonas reencontraram os pais, e estes disseram que vão conversar mais com elas (Opa, conversar?! Veja bem, minha senhora, conversar com ela, como a senhora fez até hoje deu no que deu, não foi? Então, quer um conselho? Castiguinho de não ir pra balada -- da escola pra casa, da casa pra escola -- só mais este restinho de ano, vai ver que beleza, vai funcionar, esta vontade de mudar de vida das raparigas fujonas vai passar rapidinho; garanto!), então, voltando ao sábio Boris, que se pronunciou da seguinte maneira quando a matéria terminou:
"Na minha época isso se curava com um bom chá: chá de chinela quente."
Salvo erros da minha memória gagá (destaque-se que não faz nem hora que vi o jornal), foram exatas estas palavras.
Boris, meu chapa, falou e disse, concordo com você, digo... com o senhor.
Ana Lívia e Giovanna, isto é uma vergonha!