Anteontem o irmão de uma amiga minha foi assassinado. Policial militar foi morto a tiros por um marginal. Tinha 28 anos de idade.
Já é raro que isso aconteça em Poços (eu nunca tinha visto) mas infelizmente sabemos de casos parecidos em todo o país, sem ir muito longe. Mas é quase inacreditável quando acontece tão perto.
Não venho escrever este para consolar minha amiga (não há palavra neste mundo que console uma perda dessas; seria preciso inventar palavra nova para tanto) que está morando na Espanha, feliz da vida com seu marido e seu mestrado (ela é professora como eu, nos conhecemos trabalhando; dá aulas de inglês e quando foi se mudar para lá, por mais contraditório que isso soe, nos aproximamos mais).
Venho hoje externar minha indignação e impontência. Lembro-me que a única coisa que eu não sentia falta do Brasil quando eu estava na Espanha era dessa insegurança onipresente de que algo tão horrível possa nos acontecer, acontecer com quem nos ama a qualquer momento.
Esse medo constante que todo santo dia ao sair de casa você teme que sua casa seja assaltada, que tudo que você lutou para conseguir trabalhando honestamente seja levado embora sem mais (eu ainda temo que se alguém fizer isso, ainda maltrate os meus gatos e cachorros que certamente defenderão a casa). Que um marginal qualquer consiga uma arma com um traficante qualquer, enfie essa arma na sua orelha e te abuse moral, psicológica, física e (por que não?) e financeiramente. Eu morro de medo de trabalhar em comércio (mas que remédio tenho? E olha que, repito, esse tipo de coisa não acontece sempre aqui em Poços).
Mas basta com que aconteça uma vez. Bastou antes de eu saber que era o irmão de minha amiga (uma notícia dessas se espalha antes de ser noticiada em jornais ou no Orkut).
O pior é: o que se pode fazer? O que há para se fazer para evitar que isso siga acontecendo?
Digam-me por favor, porque não alcanço a resposta e cada vez mais, ando desiludida com esse nosso país, onde a população vale tão pouco que nenhum político é capaz de pensar em nada mais eficiente para acabar com a guerrilha que arma os marginais e manda mais que qualquer eleição.
Já é raro que isso aconteça em Poços (eu nunca tinha visto) mas infelizmente sabemos de casos parecidos em todo o país, sem ir muito longe. Mas é quase inacreditável quando acontece tão perto.
Não venho escrever este para consolar minha amiga (não há palavra neste mundo que console uma perda dessas; seria preciso inventar palavra nova para tanto) que está morando na Espanha, feliz da vida com seu marido e seu mestrado (ela é professora como eu, nos conhecemos trabalhando; dá aulas de inglês e quando foi se mudar para lá, por mais contraditório que isso soe, nos aproximamos mais).
Venho hoje externar minha indignação e impontência. Lembro-me que a única coisa que eu não sentia falta do Brasil quando eu estava na Espanha era dessa insegurança onipresente de que algo tão horrível possa nos acontecer, acontecer com quem nos ama a qualquer momento.
Esse medo constante que todo santo dia ao sair de casa você teme que sua casa seja assaltada, que tudo que você lutou para conseguir trabalhando honestamente seja levado embora sem mais (eu ainda temo que se alguém fizer isso, ainda maltrate os meus gatos e cachorros que certamente defenderão a casa). Que um marginal qualquer consiga uma arma com um traficante qualquer, enfie essa arma na sua orelha e te abuse moral, psicológica, física e (por que não?) e financeiramente. Eu morro de medo de trabalhar em comércio (mas que remédio tenho? E olha que, repito, esse tipo de coisa não acontece sempre aqui em Poços).
Mas basta com que aconteça uma vez. Bastou antes de eu saber que era o irmão de minha amiga (uma notícia dessas se espalha antes de ser noticiada em jornais ou no Orkut).
O pior é: o que se pode fazer? O que há para se fazer para evitar que isso siga acontecendo?
Digam-me por favor, porque não alcanço a resposta e cada vez mais, ando desiludida com esse nosso país, onde a população vale tão pouco que nenhum político é capaz de pensar em nada mais eficiente para acabar com a guerrilha que arma os marginais e manda mais que qualquer eleição.
3 comentários:
Nossa Carol! Isso é horrível mesmo. Como vc sabe eu sou filha de policial militar (hj aposentado e ileso, graças a Deus) e passei minha infância e adolescência inteira vendo meu pai sair trabalhar e sem ter certeza de que no final do dia ou da noite (pq eles não tem hora pra trabalhar em suas escalas malucas e sem direito a hora extra) ele iria voltar bem e com vida.
É revoltante, deprimente...morrer trabalhando, cumprindo sua missão.
Eu só me pergunto uma coisa...será que algum representante dos direitos humanos foi até a casa da família ou veio até a imprensa dizer alguma coisa ou só fazem isso quando a "vítima" é o marginal?
DIREITOS HUMANOS PARA OS HUMANOS DIREITOS. É assim que tem que ser.
Ainda bem que esse marginal já foi recapturado.
Bjão,
Rê
Carol, não temos palavras para comentar esse fato... :-S
Bjks
Má
É. cOMO JORNALISTA VEJO TANTO DISSO Carolzinha, que fico até sem ter o que dizer.
Se justiça por feita, pelo mneos serve como conforto.
Beijo e saudades de todas vocês.
TAJAN NOEMBERG - TECO
BALNEÁRIO CAMBORIU-SC
www.tajan.blig.com.br
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