sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Hey! quer ajuda para emagrecer?


Oi galera!
Olha que idéia bacana que vi lá no blog da Pri:

A Andreia, do "O jardim de Psique", está dando uma força para a mulherada que quer eliminar uns kilinhos em 2010: ela estará enviando planilha similar aos Vigilantes do peso para quem seguir o blog e ajudar a divulgar a sua ideia. Bacana, né?

Bem, estou fazendo a minha parte... vai lá!

Bjks

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Filmes que decepcionam

'Ita! Quanto tempo faz que não "piso" aqui?! Mas não foi por falta de querer. Todo santo dia quero escrever no 7x7 mas cadê que arranjo tempo?! Que horror.

Mas vamos deixar de lero e ir ao que interessa.

***

Decepcionar-se com um filme é fácil: às vezes o marketing é tão fantasioso, o trailer é tão diferente do filme em si que chega a dar vontade de reclamar no Procon por propaganda enganosa. Mas às vezes o filme decepciona por pura ganância dos produtores, mão pesada do diretor ou elenco despreparado (ou ainda -- deus-nos-livre! -- tudo isso junto).

Tenho exemplos recentes (ou mais ou menos, escrevi este post à mão faz meses...):

Cadillac Records: quem gosta de "blues de raiz" sabe a importância que esta gravadora teve para o gênero, na verdade, para a black music num geral. Daí que depositei uma grande esperança de ver um filme melancólico, sofrido mas melodicamente perfeito, "blueseiro" enfim.

Mas pra mim o filme presta só até o momento que Muddy Walters o domina (magnificamente interpretado por Jeffrey Wright (o tipo de ator que é sempre coadjuvante mas sempre se destaca mais que os protagonistas). Não posso deixar de destacar Adrien Brody como o produtor Leonard Chess que literalmente dá a vida pelo estúdio; e Adrien vai ter de se esforçar muito para fazer um papel ruim.

Agora o filme acaba na 1ª. aparição de Etta James, porque quem aparece não é Etta James é Beyoncé Knowles! O pior é que eu gosto da Beyoncé: é uma cantora incrível, uma dançarina ótima e uma artista carismática, mas ela não é atriz. Se carecesse de uma cantora eu duvido que não haja atrizes-cantoras competentes para o papel, mas que fosse principalmente atriz e não só cantora. E nem a desculpa de que ela se parece com Etta os produtores podem dizer. E quando ela canta? Quem canta? Beyoncé. Até porque o timbre de voz dela é muito marcante e muito atual, não dá para dissossiar uma coisa da outra, mesmo com aquela peruca pavorosa e quilinhos acrescentados por baixo do figurino.

E que não digam que é difícil interpretar um papel de uma pessoa real (esta então ainda viva e que desaprovou publicamente a escolha de Beyoncé para o papel) e "imitar" até a voz. Vide Cate Blanchett como Katherine Hepburn em "O aviador". Chega a dar medo! Cate chegou ao timbre de Katherine que era bem singular (!) e marcante; parece que Cate está possuída por La Hepburn, tão idêntica ficou a voz (e toda a interpretação, dos trejeitos à personalidade).

Um filme em suma muito bacana mas brochado pela ambição dos produtores em atrair o público de Beyoncé que pouquíssimo se identifica com o contexto. Grande pena.

Che: Eu quis assistir a este por ser um filme de Steve Soderbergh (inteligentíssimo em "Ocean's eleven/twelve/thirteen) e muito pouco por ser a cinebiografia "mais completa" de Ernesto Guevara, que eu acho superestimado (tenho preguiça da revolução. Por acaso funcionou? Cuba está bem pra caramba né?!). Gosto muito do trabalho de Benicio del Toro, um ator seletivo que não abraça qualquer causa e ele realmente ficou muito parecido com Che. Pouco me interessa a vida do médico (uma coisa em que este filme gigantesco partido em dois não falha é que ele comprova que Guevara era mesmo muito solidário conforme sua profissão na mesma proporção que era orgulhoso e narcisista). Um filme histórico também sempre tem chance de me fisgar. Mas este, puxa, consegue condensar todas as coisas chatas que História pode ter: detalhes minúsculos demais (alguém duvida que a guerrilha perdeu a "guerra" por pura falta de organização, por semanas a fio subnutrida e desidratada no meio da floresta? Isso é óbvio!) silêncios longos demais, elenco grande demais. Dúzias de figurantes falando coisas soltas tirando tempo útil das ótimas interpretações dos personagens reais: Rodrigo Santoro realmente é um bom ator, chegando muito próximo do atual ditador de Cuba, Raúl Castro; Demián Bichir também chega a dar medo na caracterização de Fidel; e de Benicio eu já falei.

Não carecia ser um filme imenso partido em dois. Podia ser um longametragem de 2 horas muito bem aproveitadas. Mas enfim, Soderbergh agora quer posar de intelectual, que se há de fazer? Rever os "Ocean's".

Mas a arte dos pôsteres ficou linda.